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📰 NEWSLETTER | A ERA DA WEB ESTÁ MUDANDO, E RÁPIDO

📌 O que você precisa saber: o Google está lançando o "Modo IA", e isso pode mudar tudo que você conhece sobre a internet.

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💥 A pergunta que ninguém quer fazer, mas todo mundo precisa: será que o Google está prestes a destruir a internet como a conhecemos?


Durante décadas, a web funcionou num acordo simples: sites produzem conteúdo, o Google indexa e, em troca, envia tráfego. Esse tráfego se transforma em cliques, visualizações, compras e, principalmente, dinheiro.

Mas essa engrenagem está balançando. E quem depende da web, criadores, empresas, usuários, já sente o impacto.


🤖 A nova era do Google: Modo IA

No palco da conferência anual de desenvolvedores, Sundar Pichai anunciou o Modo IA: uma revolução na forma como buscamos informações. Em vez de mostrar uma lista de links, o Google agora responde com um texto gerado por inteligência artificial.

É como se, ao perguntar algo, você não recebesse mais os caminhos… mas só a resposta final.

“É uma reinvenção completa da busca”, disse o CEO.

⚠️ O problema? A IA responde tão bem que você nem precisa clicar em mais nada.

Para os usuários, pode parecer ótimo. Para os criadores de conteúdo, é catastrófico. Afinal, se ninguém mais visita os sites, como sustentar o que está por trás da resposta da IA?

Especialistas apontam: os cliques já caíram até 70% com os “AI Overviews”, o resumo com IA lançado anteriormente. E o Modo IA pode amplificar isso.


🧱 A web que construímos está em risco

A “web aberta”, esse ecossistema vibrante de blogs, fóruns, resenhas, projetos independentes e comunidades pode desaparecer. Porque IA não lê por curiosidade. Não se perde em artigos. Não compartilha, não compra, não comenta.

“É como perguntar a um bibliotecário sobre um livro, e ele te dá um resumo em vez de deixar você folhear as páginas”, disse Gisele Navarro, do site HouseFresh.

📉 Impressões sobem. Cliques despencam. E o dinheiro vai sumindo.

Muitos sites estão vendo seus conteúdos aparecerem mais nas buscas, mas os cliques estão evaporando. Ou seja: a IA está usando essas informações para gerar respostas, mas o tráfego (e a receita) não volta para quem criou.

“Isso pode ser a diferença entre manter um negócio viável e fechar as portas”, alerta o especialista Barry Adams.

📈 O lado da Google

A empresa diz que está apenas “melhorando a experiência” e que continuará enviando bilhões de cliques. Mas até agora, não apresentou dados consistentes sobre isso. E ainda alterou suas políticas para que os sites, ao entrarem na busca, autorizem automaticamente o uso de seus conteúdos para treinar IA.

Para sair? Só excluindo tudo do Google.


🔮 O que vem por aí: a “web das máquinas”

Um cenário possível: sites feitos não mais para pessoas, mas para robôs. Modelos de IA consumindo conteúdos direto da fonte, sem precisar publicá-los para humanos verem.

E se isso acontecer?

  • A diversidade de fontes diminui.

  • A desinformação pode se espalhar com mais facilidade.

  • E o “clique” que sustentava a web? Desaparece.


📣 E agora, o que podemos fazer?

Muitos estão propondo soluções:

  • Licenciamento de conteúdo: grandes empresas estão sendo pagas para fornecer dados às IAs.

  • Bloqueios a rastreadores: empresas como a Cloudflare querem impedir que bots coletem dados sem pagar.

  • Pressão por novas regras: editores e organizações estão se unindo para questionar esse modelo.

Mas nada disso resolve de forma rápida ou ampla.


💔 Nostalgia de um tempo mais humano

Gisele Navarro lembra do site de fã do Queen que criou aos 10 anos. "Eu alimentava a web porque queria compartilhar. Era mágico. Quero acreditar que isso não acabou."

E talvez não tenha acabado mesmo.

“É uma crise que não deveríamos desperdiçar”, diz Cory Doctorow. “Se a Google vai mudar tudo, temos a chance de repensar o que a internet pode ser.”

🌐 A internet está mudando. A pergunta é: para onde ela vai, e quem vai com ela.


Disponívem em: <https://www.bbc.com/portuguese/articles/c2ez7n7y1e2o>. Acesso em 20 de junho de 2025.

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